Depois de alguma discussão sobre ir de Kombi ou não, ficou definido irmos com o carro da irmã da Lu. Assim, Lu e Eric dormiram na nossa casa na noite anterior a viagem, para já encaixamos tudo dentro do carro que, aliás, ficou abarrotado.
Na manhã seguinte, depois de um café rápido, pegamos a estrada. A viagem foi tranquila, com muita conversa. Chegando em Urubici tivemos uma grande frustração com os campings, que eram em sua maioria bem ruins. Depois de pular de um a outro, finalmente nos encontramos no Camping Terras do Sul.
O espaço do camping é maravilhoso, perto de um riacho e cercado por araucárias. Conseguimos nos instalar em um canto reservado e até com espaço para fogueira.
Acabamos optando por nem sair do camping nesse dia. Depois de montar as barracas e os aparatos todos da Lu e do Eric, nos divertimos em volta da fogueira. Rolou milho cozido, sapecada com pinhão que catamos no próprio terreno do camping e mashmallow. A, já na primeira noite o Pinhão (nome dado carinhosamente por nós), um cachorro maravilhoso dos donos do terreno vizinho, veio até nós e acabou se tornando uma companhia durante toda nossa estadia.
Tomamos um café gostoso no camping, escutando o barulho do riacho e comendo waffles quentinhos. Foi ótimo, mas nos fez chegar tarde na Serra do Corvo Branco, que estava um caos. Decidimos deixar a visita para o dia seguinte e partimos em busca do local indicado pelo Monique, do camping.
Antes de chegar na guarita de entrada do Morro da Igreja (que não visitamos, pois havia limitação de entradas devido a covid) viramos uma ruazinha de terra á direita. De lá pudemos ter uma visão bonita do vale, das montanhas e até de algumas cachoeiras. Um caminho certamente bem agradável e gostoso de percorrer.
Saímos no centrinho de Urubici, onde tivemos dificuldade para encontrar o centro de informações turísticas. Chegando lá também não conseguimos as melhores indicações, mas foi válido de qualquer forma porque a partir dali definimos o resto da programação da tarde. Comemos algo em uma padaria do centro de Urubici mesmo e seguimos o turismo.
Um lugar bonito, mas para nós não valeu os 20 reais cobrados para visitação. Ficamos na fila para pisar em ambas as plataformas que “saem” do penhasco.
De lá de cima descobrimos que é possível ver a cachoeira por baixo, o que nos pareceu mais interessante. Fica registrado a sugestão para uma próxima ida a Urubici.
Uma parada no caminho do morro que vai para o Parque Cascata do Avencal. Achei muito legal parar ali e observar como a cidade de Urubici foi construída no platô, em meio às cadeias de montanhas.
Esse valeu super a pena. A entrada foi 15 reais. Batemos muitas fotos no balanço infinito (modinha de Urubici) e depois vimos o pôr-do-sol lindo, com direito a quentão para esquentar.
Aniversário do Fer! 😁
Acordamos cedo e tomamos um café rápido, na barraca mesmo. Logo saímos.
Nesse dia conseguimos chegar cedo e então deu para pegar a serra ainda sem o tumulto chato dos turistas. O lugar é realmente incrível. Muito doido uma estrada passar pelo meio das rochas, com curvas acentuadas para chegar até o topo.
Admiramos, conversamos sobre o lugar, brincamos com o vento encanando com tudo pela fenda feita na rocha, batemos fotos e depois descemos com o carro para o outro lado da serra. Paramos em um ponto para observar a cadeia de montanhas paralelas a nossa frente. Tentamos entendê-la geograficamente e nos divertimos criando a imagem da “guardiã das montanhas”.
Depois voltamos ao topo, subindo pela parte mais íngreme e de curvas mais acentuadas. Fizemos vídeo dessa subida. E do topo já seguimos nosso caminho de retorno, deixando para trás os turista que começavam a se aglomerar no alto da serra.
Saindo da Serra do Corvo Branco, na estrada que leva para o camping, viramos à direita e entramos pelo o caminho de terra que leva a Pedra da Águia. O caminho é muito bonito, contornando o rio (em alguns momentos até passamos por dentro de riachos).
Chegamos no gramadão de onde é possível ver a pedra, bem à frente. Gostei de conhecê-la, bem diferente e muito linda. Entramos na casinha que havia ali e descobrimos que era da dona do terreno, Dona Ana. Conversamos com ela e entendemos um pouco da história do local.
A ideia não era subir até o alto do Cânion do Espraiado, mas ali, nas conversas, ficamos sabendo que talvez fosse algo possível. Uma estrada íngreme, cheia de pedras, mas que o 4x4 que estávamos subiria de boa. Ainda relutamos um tanto sem saber se rolaria de ir mesmo ou não, se trocávamos a programação planejada para subir lá... Ficamos um tempo nesses questionamentos, até que depois de um forte incentivo de um frequentador que lá estava, decidimos nos jogar.
Foi uma subida e tanto! Muito tempo subindo e realmente a estrada não é tão acessível. Vimos só carrão de aventura lá em cima. Nossa, mas vale super a pena! Que privilégio poder chegar lá!
Eu amei demais a energia daquele lugar. E como o acesso é difícil, estava bem mais calmo, sem o excesso de turistas, o que contribui muito para a magia do lugar. Como é linda a paisagem, os cânions ao fundo, o campo enorme, as poucas araucárias se destacando....
Fomos para o primeiro lado do Campo dos Padres, onde ficam os balanços infinitos. 20 reais para poder ir. Batemos muitas fotos para compensar o preço, haha. Brincamos com o vento fortíssimo lá também.
Depois fomos para o outro lado, onde fica a visitação ao Cânion Espraiado propriamente dito. Acabamos não fazendo a caminhada, que dura aproximadamente 2h, pois Lu e Eric estavam cansados. Esse passeio ficou gravado para voltarmos algum dia.
Voltamos para o camping no fim do dia. Preparamos fondue de queijo e um de chocolate, como parte da comemoração do aniversário do Fer. Ele teve até direito a “bolo” de frutas e marshmallow, com velinha em cima.
Nos despedimos do camping e do Pinhão. Mas antes de partimos decidimos experimentar o balanço do camping. Ainda bem, porque foi o melhor de todos! Ele ia tão alto que chegava a dar friozinho na barriga! Hehe.
Última visita antes de deixar Urubici. Chegando na entrada do local deu uma certa decepção: a atração foi totalmente “goumertzada”. Um café enorme na entrada, guarita, estrada asfaltada para chegar até do lado da pedra. Fizeram algo legal, organizado, com plaquinhas, banquinhos para sentar, escada com corrimão... mas sei lá, eu sou adepta das coisas mais naturais, hehe.
A pedra é bem bonita. Mas estragava a fila de turistas esperando para bater foto em frente. Daí nem ficando muito. Olhamos, subimos em cima dela e logo fomos embora, torcendo para que essa não seja uma tendência que se espalhe para o resto da cidade.
Hora de voltar. Na tentativa de fugir do trânsito, pegamos um caminho alternativo, que acabou nos conduzindo para uma longa estrada de terra, passando por várias cidadezinhas pequenas. Foi gostoso, apesar de estarmos bem cansados. Já era noite escura quando chegamos no aconchego do lar.